julho 05, 2014

# a aranha do Dinis

A aranha do Dinis.

Quando comecei a pensar em escrever sobre o pequeno Dinis, a primeira coisa que me veio à cabeça foi imaginar que lhe contava uma história para adormecer.

Sinceramente, acho que a minha capacidade de inventar histórias está adormecida, tanto porque a última vez que o adormeci, era ele ainda bebé e duvido que ao adormecê-lo na altura, ele percebesse patavina de qualquer história que lhe contasse. E isto foi já há mais ou menos dois anos e meio atrás.


O Dinis é o meu doce de sobrinho com 75% de pestinha adorável. É o único sobrinho e o único neto. É também um raio de sol na casa dos avós. Quando o nível de "pestinha" está bem lá no auge, assemelha-se mais a um pequeno trovão, ou melhor, a um raio de sol que nos escalda o cérebro!

Tem sido engraçado, e um pouco triste, acompanhar o crescimento dele, via chat ou pelo telefone. Questiono-me, se para ele, vamos ser os tios do computador, do país lá longe.

- Oláááá! diz ele efusivamente quando atende o telefone, sem saber que me arranca uma gargalhada.
- Mamã!, continua ele, é a tia "Ouana"! ... E aqui já desejo teletransportar-me para o poder abraçar e enchê-lo de beijos, tal e qual, como fazem as tias chatas.

Ao estar longe, agarro-me com força a estes momentos mágicos, aparentemente pequenos e sem sentido para alguns,  mas que dão muita força até poder matar pessoalmente as saudades. Já conto os dias para o ver e até planeio levá-lo a andar de comboio (no "auufa", ou seja, no alfa). Aproveito e mato dois coelhos com uma só cajadada, levando a reboque o marido, uma vez que partilham a paixão pelos comboios.

- À demain! Bisous!, despede-se ele, a troco duma promessa de pintarolas ou de outro chocolate. Malandro! Fecho os olhos e imagino que lhe dou um xi apertadinho, antes de o deitar na caminha.

O Dinis adoptou uma cidade Francesa para viver, onde espero que encontre as bases de um crescimento como merece e que não conseguiria ter em Portugal. E os pais-heróis sacrificaram-se muito, por esse futuro e por todas as coisas boas que lhe querem dar.

Estou desejosa de ver o quanto cresceu, se ainda lhe posso de chamar "godinho", de o ouvir a cantarolar as novas canções em francês e se ainda se lembra de mim.  Desde que me despedi dele na nossa vinda para o Reino Unido, comecei a preocupar-me se ele se iria lembrar de mim, mas reconhece, reconhece, RECONHECE!!!

E a aranha? Para alegria do Ivo, é o próprio Dinis quem já não reconhece a música das cócegas ou então, cresceu e prefere os vídeos dos "jipes na água e na lama" ou tudo associado ao tema McQueen! Pobre Ivo, que saltava cada vez que eu perguntava histérica do lado de cá "A ARAAANHA?" e cantava de modo gradual, com um sotaque brasileiro mais acentuado no final, só para o ver sorrir:

     «A aranha está com fome
     e quer comer ratinho.
     A aranha está por perto e
     pegou o safadinho!» 

    (adaptaçõo do Incy Wincy Spider para brasileiro, no filme "Fievel, an American Tail")

E não podia terminar de melhor forma, com o "Rollin, rollin, rollin", do mesmo filme, que ainda sobrevive nas minhas recordações de miúda com a mãe do Dinis:



Até já Dinis! Prepara-te para um xi apertadinho em Agosto, em casa dos avós!

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